Um dos elementos importantes no funcionamento dos LEDs são os drivers. Ao contrário da iluminação tradicional, a iluminação LED não está ligada directamente à corrente eléctrica mas através de um driver que transforma a tensão que recebe da rede eléctrica e a adapta às necessidades da luminária LED.
Um LED é uma lâmpada sólida em si mesma. Não tem filamento ou gás à sua volta, nem cápsula de vidro para o cobrir. Este tipo de iluminação funciona de uma forma diferente, por isso, para se compreender bem o papel de um driver LED é interessante saber como funciona um díodo LED.
Temos de saber que um LED é um dispositivo semicondutor que emite luz no espectro visível quando recebe tensão entre as suas duas extremidades. Se aplicarmos uma tensão positiva entre as duas extremidades, esta torna-se positivamente polarizada e isto é quando a luz é emitida. Mas como é que um LED é alimentado?
O que é um driver LED e porque é tão importante?
Em essência, um driver é um dispositivo que converte a corrente alternada proveniente da rede eléctrica numa corrente contínua de tensão adequada para que as luminárias funcionem correctamente. Este dispositivo regula o fornecimento de energia a um ou mais LEDs. O que torna os drivers LED especiais em relação a uma fonte de alimentação convencional é que eles são capazes de se adaptar às necessidades variáveis através de uma alimentação eléctrica constante.
Funções de um driver LED
- Regular o fluxo de electricidade, assegurando que um LED ou fio de LED é sempre fornecido com a tensão e corrente correcta, independentemente de alterações constantes nas propriedades eléctricas dos LED.
- Ajustar a tensão que alimenta os LEDs para fornecer uma corrente constante face às mudanças de temperatura que podem alterar a forma como os LEDs reagem à electricidade.
Como funciona um driver LED?
Os LEDs funcionam com corrente contínua (DC), ou seja, corrente de intensidade constante em que o movimento das cargas está sempre na mesma direcção, como as baterias, por exemplo. Portanto, se queremos que uma luz LED funcione numa instalação de corrente alternada (CA), como as que normalmente temos, precisaremos de um driver que converta esta corrente alternada em corrente contínua. Sem um driver adequado, o LED pode sobreaquecer ou ficar fora de controlo causando uma perda de desempenho ou uma falha irreparável.
A corrente de saída de uma instalação eléctrica excede a potência que um LED necessita para emitir luz, pelo que o driver é responsável pela sua redução sem desperdiçar energia, mantendo a corrente constante e atenuando a geração de calor. Existem dois tipos diferentes de LED driver, dependendo do local onde são colocados.
Tipos de driver: internos ou externos
Basicamente, podemos distinguir entre dois tipos de driver:
- Driver interno.
- Driver externo.
Ao escolher uma lâmpada LED, devemos ter em conta o tipo de luminária onde a vamos colocar, ou seja, se é fechada ou aberta. Se for uma luminária aberta, não há problema, uma vez que a própria estrutura facilita a dissipação de calor. Por outro lado, se o suporte estiver fechado, deve ser reservado um espaço livre dentro da luminária, uma vez instalada a lâmpada LED.
Recomenda-se que o espaço que reservamos seja o dobro do tamanho da lâmpada que estamos a utilizar, se o espaço for menor, então é aconselhável utilizar um driver externo. E a razão é simples, porque desta forma evitamos que o calor gerado pelo driver permaneça dentro deste suporte e acabe por afetar o funcionamento da lâmpada. Em qualquer caso, as descrições dos diferentes produtos de iluminação indicam quando uma lâmpada não é recomendada para utilização em luminárias fechadas.
Para a iluminação doméstica, é comum encontrar drivers internos instalados nas próprias luzes LED, tais como em apliques e pequenas luminárias. Por outro lado, as luzes LED de alta potência, tais como as de uso industrial ou iluminação pública, têm drivers externos que regulam a potência de vários chips ao mesmo tempo.
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Um controlador LED assegura a máxima eficiência, ou seja, evita perdas de energia. Ter um driver de qualidade é essencial para ajudar a iluminação LED a atingir todo o seu potencial em termos de durabilidade e eficiência energética, entre outras características benéficas.
Como conectar um driver LED
Conectar os LEDs a um driver é um processo muito simples. De fato, para drivers integrados como de uma lâmpada, não é necessário fazer nada, ela é instalada tal como uma lâmpada convencional.
Para os drivers externos mais comuns, tais como os downlights, temos de um lado um conector semelhante ao jack de uns auriculares que conectamos à entrada da luminária e do outro lado temos geralmente dois cabos (fase e neutro) que conectamos à cablagem da nossa instalação eléctrica.
Quanto consome um driver LED
Uma das principais vantagens dos drivers LED sobre os antigos transformadores que eram utilizados, por exemplo, com lâmpadas de halogéneo, é que são dispositivos muito mais eficientes e silenciosos.
Embora os drivers sejam concebidos para converter corrente alternada em corrente contínua da forma mais eficiente, haverá sempre uma perda de energia no processo que será dissipada sob a forma de calor. Para calcular este consumo extra introduzido pelo driver, temos de conhecer o seu factor de potência.
Por exemplo, se tivermos um driver com um fator de potência de 0,9, ou seja uma eficiência de 90%, para alimentar um foco de 50W, o consumo total é de 50÷0,9=55,555W. Por tanto, o consumo do driver seria de cerca de 5,55W.